Participaram da premiação associações de mulheres, organizações da sociedade civil, sindicatos de trabalhadores rurais, poder público local e estadual, além de agricultores e agricultoras da região do Araripe. No início do evento, representantes de alguns desses segmentos formaram uma mesa de abertura e, na ocasião, levantaram questões relevantes sobre os problemas ainda enfrentados pelas mulheres na busca pela dignidade.
A forte incidência da violência doméstica na região, assim como a falta de preparo de muitos policiais para lidarem com as vítimas prevaleceram nas falas que também mostraram a necessidade de implantar uma delegacia da mulher na cidade. “Essa é uma das prioridades da AMMURA. Garantir a dignidade de toda mulher faz parte de nossa trajetória e esse evento é importante para reforçarmos isso diante da sociedade e mostrarmos que precisamos de apoio para avançarmos nesse debate”, comentou a presidente da associação, Célia Campirá.
Ainda no primeiro momento, mostrou-se que exclusões sociais e econômicas configuram violências psicológicas. Assim, reafirmou-se que a criação e fortalecimento de ações produtivas voltadas às mulheres são essenciais porque garantem autonomia e independência feminina. Essa questão foi representada de forma figurativa com a entrada de duas personagens: a mulher do passado, levando uma cabaça com água, e a mulher do presente, trazendo parte de sua produção e mostrando que avanços foram conquistados.
O evento contribuiu para colocar em pauta questões de gênero e mobilizar atores relevantes para essa causa. A importância da atuação das associações de mulheres, da luta da sociedade civil e da parceria com o poder público ficou evidente, e abre caminhos para construção de uma realidade na qual mulheres tornam-se cada vez mais livres e protagonistas das suas histórias. “O mais importante é que a sociedade em geral, especialmente as mulheres, esteja feliz. Trabalhos como o da AMMURA contribuem para uma sociedade mais justa, humana e igualitária”, reforçou o secretário executivo de agricultura familiar de Pernambuco Aldo Santos.
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