sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ASA Pernambuco realiza encontro de formação e mobilização

Atividade contou com a participação de comissões municipais de todo o estado e de organizações da articulação estadual

por Antônio Oliveira, Catarina de Angola , Mariana Landim e Rafaella Sabino – Comunicadoress populares da ASA - UGTs Diocese de Pesqueira, Centro Sabiá, Chapada e Diaconia

Encontro aconteceu em Arcoverde
A Articulação no Semi-Árido Pernambucano (ASA/PE) realizou entre os dias 23 e 25 de agosto, o Encontro Estadual de Formação e Mobilização para Convivência com o Semiárido, no município de Arcoverde, no Agreste Meridional de Pernambuco. Estiveram presentes representantes das comissões municipais da ASA das regiões do Agreste e Sertão do estado, além de integrantes das Unidades Gestoras (UGs) dos programas da ASA.
O encontro teve o objetivo de discutir estratégias de atuação das comissões municipais da ASA, a partir da integração dos programas de Formação e Mobilização Social para Convivência com o Semiárido: Um Milhão e Cisternas Rurais (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), no estado de Pernambuco. A ideia era qualificar o debate de convivência com o Semiárido nos territórios, a partir de uma reflexão sobre o papel das organizações locais.
Grupos de trabalho
No primeiro dia (23/08) os participantes iniciaram a atividade com uma dinâmica de interação e assistiram uma apresentação sobre o P1MC e ao vídeo Águas da Cidadania, produzido pela ASA Brasil. Logo em seguida, foram formados grupos de trabalho, onde foram discutidas acerca das dificuldades, tensões, avanços e conquistas do programa. Na ocasião, os grupos puderam apontar os principais desafios do P1MC, a partir das temáticas de mobilização social, comissões municipais, comunicação e sistematização, formação e capacitação. As questões debatidas nos grupos foram apresentadas na plenária.
Mística do terceiro dia de encontro

O segundo dia de encontro (24/08) começou com uma mística que envolveu música, leitura e depoimentos emocionados, como o da agricultora Santina, do Sítio Angélica, em Buíque, no Agreste do estado. “Eu tenho muito orgulho de falar da comunidade de Angélica porque respondeu de verdade a formação e a mobilização. A ASA chegou e mostrou para quê nós somos gente e que podemos transformar as nossas vidas e começamos a caminhar diferente e dizer: eu posso e eu vou em busca disso”, relatou Santina. (para ouvir o depoimento completo e emocionado de Santina clique aqui)

Ainda durante o segundo dia foi apresentado o P1+2, e em seguida os participantes contextualizaram os aspectos do programa, a luz da dinâmica do dia anterior. A atividade possibilitou que os grupos identificassem as questões comuns aos dois programas e fizessem uma integração que pudesse garantir unidade as ações da ASA em Pernambuco.

Mística de integração
No último dia de atividade (25/08) foi construída coletivamente uma proposta de acordo para funcionamento das comissões municipais da ASA no estado. O documento será discutido nas comissões municipais e fóruns territoriais ainda este semestre, para que possa ser retomado novamente no Encontro Estadual da articulação, previsto para novembro. Segundo a coordenadora do P1+2 na Diocese de pesqueira, Neilda Pereira, os encaminhamentos apontados no encontro, irão contribuir efetivamente para a ação da ASA na construção de outros processos nos territórios. “O encontro superou as nossas expectativas e mostrou que os participantes se sentem parte dessa caminhada e tem a preocupação de reforçar a ação da ASA no estado”, explica Neilda. (para ouvir a entrevista completa com Neilda clique aqui)

Dona Francisca, de Iguaracy
O acordo pretende contribuir com a articulação e mobilização das comissões municipais da ASA nos municípios. “Esse momento é importantíssimo porque aqui é um aprendizado para cada um de nós, uma troca de experiências. Eu não tenho nem palavras para explicar a importância de participar das dinâmicas da ASA, porque com essa participação eu já vejo muitas mudanças, não só lá no assentamento, mas também nas regiões onde eu participo de intercâmbios e troco experiências com outros agricultores”, disse a agricultora Francisca de Almeida, que mora no assentamento Ramada da Quixabeira, em Iguaracy, Sertão do Pajeú, e é membro da comissão municipal da ASA. (para ouvir a entrevista completa com dona Francisca clique aqui)

Assista abaixo o vídeo de Neilda Pereira, da Diocese de Pesqueira, sobre a importância da integração dos programas da ASA.

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