terça-feira, 27 de outubro de 2015

“Quando a gente parou esse negócio de agrotóxico a vida melhorou”

A afirmação é de seu João Guimarães que há 18 anos produz frutas e hortaliças sem uso de veneno



Por Elka Macedo - comunicadora popular ASA/Caatinga

Na Fazenda Aboboeira, localizada no município de Santa Cruz no território do Araripe Pernambucano, quem passa perto da propriedade da família de seu João Guimarães avista o verde do quintal produtivo. Berinjela, pimentão, coentro, alface, espinafre, acelga, maracujá, mamão e tomate cereja são alguns dos cultivos que a família produz para consumo e venda.

Junto com a esposa Elenilza da Conceição, o filho e a nora, seu João cultiva hortaliças, verduras e frutas e vende na comunidade e na feira agroecológica do município. “A gente trabalha com a produção agroecológica e o que tem a gente consome e vende na feirinha agroecológica todos os sábados. Estamos ofertando também para o PAA no município”, conta o agricultor.

Há 18 anos a família trabalha com hortas e segundo eles, é possível notar uma mudança significativa na saúde. “A saúde melhorou muito a gente diminuiu os remédios de farmácia e hoje não tem mais nada disso. Quando a gente parou esse negócio de agrotóxico a vida melhorou”, enfatizou o produtor.

O casal armazena a semente das hortaliças, legumes e frutas para plantar, a exemplo, do rabanete, cenoura, coentro, alface e pimentão. Com a iniciativa conseguem economizar, já que não precisam comprar de fora, pois asseguram a semente mais resistente tirada da propriedade.

Na hora de vender os produtos, eles já têm comprador certo. Os produtos são expostos na barraca às 6h do sábado, e às 8h já está tudo vendido. “Os consumidores já sabem que o produto é garantido. O coentro que compram na feira convencional dura três dias e o nosso dura de oito a 15 dias. Quando você compra um produto envenenado em vez de você ganhar uns reais você vai perder mais, tendo que gastar com remédios”, avisa seu João.


A família está cadastrada no Programa Sementes do Semiárido da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) em parceria com a Ong Caatinga e junto com outras pessoas vão construir um banco de sementes comunitário. 

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