Por Elka Macedo - comunicadora do Caatinga
Feijão manteguinha,
branquinho, canapú verdadeiro, milho catingueiro, fava e andu são algumas das
tantas sementes crioulas que fazem parte da cultura das famílias agricultoras
do Araripe Pernambucano. Com o passar dos anos muitas dessas espécies se
extinguiram, no entanto com o inicio das formações do Programa Sementes do
Semiárido da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) em parceria com o Caatinga
essas e outras sementes estão sendo resgatadas e valorizadas.
No Sítio Morcego no
município de Ouricuri, por exemplo, boa parte das famílias ainda guarda
sementes como forma de garantir o plantio nos períodos de chuva e alimentação
em períodos de estiagem. A tradição passada de pai para filho sempre ajudou a
mulher e o homem do campo a se manterem em seus roçados mesmo em períodos
prolongados de seca.
Para se ter uma
ideia, segundo membros da comunidade variedades de feijão como o canapú
verdadeiro e bico de ouro circulam entre as famílias que residem no sítio há
mais de 75 anos. Agora, com as ações do programa na localidade, as famílias
terão mais incentivo e apoio para melhor armazenarem e gerir suas sementes.
Ao todo, 30
comunidades do Araripe estão envolvidas no Programa que também fará reformas e
ampliação nas casas comunitárias de sementes.
Programa
Sementes
O Programa tem o
intuito de fortalecer a identidade e autonomia dos agricultores e
Estão sendo
investidos cerca de R$ 20 milhões com apoio do Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), dentre outros
órgãos federais, com a participação de 24 organizações da sociedade civil no
Semiárido.
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