sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Povos trocam experiências durante II Seminário Internacional de Agroecologia

Kátia Gonçalves – Comunicadora Popular do Cecor
Foi na capital Pernambucana que povos indígenas, de terreiros, ciganos, comunidades quilombolas, jovens rurais, pescadores artesanais, acampados, assentados de reforma agrária, atingidos por barragem, além de pesquisadores, professores, técnicos e estudantes se reuniram nos dias 22, 23 e 24, no campo de futebol do Campus Dois Irmãos, em Recife para participarem da II Jornada dos Povos de Pernambuco, o II Seminário Internacional de Agroecologia e o III Seminário de Agroecologia de Pernambuco. Do Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), participaram a coordenadora pedagógica Kelle Souza, a segunda secretária Maria Silvolúsia Mendes e a técnica Andréa Oliveira.
A troca de experiências aconteceu por meio de instalações pedagógicas, apresentações culturais, feira de saberes e sabores, tendo como foco o tema:  “Diálogo de Conhecimentos em Agroecologia: Terra, Território e Soberania Alimentar”. De acordo com Andréa Oliveira, os dias foram ricos pela multipluralidade de povos e conhecimentos.  “Um dos pontos interessantes foi a discursão sobre a realidade dos jovens camponeses e seus direitos, inclusive ao acesso a créditos e à assistência técnica”, destacou.
Os principais eixos temáticos foram os impactos e conflitos gerados pelo agronegócio e pelos projetos que ameaçam a terra, a água, o território e a soberania alimentar das comunidades, dos povos tradicionais e movimentos sociais em Pernambuco. Segundo Kelle Souza, o Seminário buscou alertar as lideranças que já trabalham com agroecologia, principalmente a sociedade acadêmica que, às vezes, só pensa em gerar lucros sem se preocupar com o meio ambiente.
“Infelizmente alguns formandos saem das universidades pensando em ganhar dinheiro e pouco se preocupam com o meio ambiente. Isso é lamentável porque  no futuro a gente pode ter dinheiro, mas não teremos água, solo para plantar, nem espaço para viver, respirar. Precisamos acordar para não privatizarmos a vida humana”, alerta Kelle Souza.  O evento foi promovido pelo Núcleo de Agroecologia e Campesinato (NAC/UFRPE), em parceria com movimentos sociais e instituições do Estado e da sociedade civil.  


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