Por Elka Macedo/ comunicadora do Caatinga
Aprender a construir
tecnologias de convivência com o Semiárido como cisternas de placas e barragens
subterrâneas é uma das ações do Projeto Escola das Águas, no entanto este não é
o único objetivo do Projeto. Além das construções, os cerca de 270 jovens
envolvidos na ação participam de eventos e debates sobre políticas públicas
para a juventude, a exemplo de conferências, e refletem sobre o cuidado com o
meio ambiente.
Para o aluno Gledson
Xavier, do povoado de Rancharia em Granito-PE, o Projeto tem um poder
transformador. “Essa é uma forma de mudar nossa realidade, é uma importante
forma de os jovens se interessarem pela preservação do meio ambiente. Quando o
jovem está envolvido esse processo de armazenar água eu acho que é um pequeno
passo para o futuro. Esse conhecimento é importante para futuramente eu ensinar
para os outros e quem sabe ser um futuro empreendedor”, ressaltou.
Atuantes nas suas
comunidades, boa parte dos jovens também participaram das etapas municipais e
territorial da Conferência da Juventude. Pelo menos, nove deles saíram como
delegados e vão defender as propostas da juventude rural na Conferência
Estadual de Juventude prevista para acontecer até novembro deste ano.
Construção
A fase de construção
envolve duas tecnologias, em especial: cisterna-calçadão e barragem
subterrânea. As quais são instaladas em propriedades de jovens envolvidos no
Projeto. Soleanderson Andrade, que reside no Sitio Umburana em Bodocó recebeu a
barragem subterrânea e conta o que deseja fazer com a benfeitoria. “Com a construção desta barragem aqui, eu
planejo plantar até onde puder. Alface, couve-flor, feijão, milho, o que couber
no espaço a gente vai produzir. Eu quero produzir para consumo e venda”,
planeja.
O Projeto Escolas das
Águas é uma realização das Ongs Chapada, Caatinga e Cecor com patrocínio da
Petrobras. A iniciativa envolve jovens
dos territórios Sertão do Araripe e Sertão Central em Pernambuco.
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