segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Conquistas e futuro da ASA em pauta no quarto dia do EnconASA

Catarina de Angola - Comunicadora do Centro Sabiá

Contextos e conquistas da articulação foram
colocados pela mesa. | Foto: Catarina de Angola
Trajetórias de Construção da ASA – Acúmulos, Avanços, Desafios e Perspectivas foi o tema da mesa da tarde da quinta-feira (22) do VIII Encontro Nacional da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (EnconASA). Coordenada por Neilda Pereira, coordenadora executiva da ASA Pernambuco, e composta pelo presidente da AP1MC e coordenador executivo pelo estado da Bahia, Naidison Baptista, e pelo do diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto. “Estamos aqui com a tarefa de sintetizar o que discutimos durante esses três dias e meio de EnconASA”, colocou Naidison no início da fala. Ele destacou o contexto e as conquistas da articulação durante os 12 anos de caminhada e provocou a plenária a apontar perspectivas para o futuro da ASA. 

Sobre as conquistas da ASA, Naidison destacou em sua síntese a metodologia de trabalho da articulação. “O modelo de trabalho da ASA vem das comunidades e da necessidade delas”. Destacou também a valorização das organizações da sociedade civil e o resgate da cultura dos povos, além de pontuar a produção de conhecimento no Semiárido. Nas conquistas trouxe também a construção pela ASA de tecnologias que são capazes de mudar a realidade da região semiárida e a proposição de políticas públicas. “Até o ano de 2013 serão cerca de um milhão duzentos e cinqüenta mil pessoas abastecidas pelas cisternas”, afirmou.

Sobre o futuro da articulação, Naidison colocou a importância da ampliação do debate da ASA, e destacou que essa reflexão em rede é importante, principalmente diante do contexto de universalização do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) no ano de 2013. Ele chamou atenção para a importância da presença das organizações da ASA nas chamas de assistência técnica e extensão rural (ATER) e para a proposta de elaboração de um grande projeto de sementes crioulas (nativas) para o Semiárido. Além disso, reforçou a ação do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). “Não vamos abrir mão da ampliação do P1+2”, disse.

Silvio Porto, da Conab, reforçou as questões colocadas por Naidison e sugeriu a construção de um mapa de conflitos ambientais pela ASA no Semiárido, a partir da execução de grandes projetos, para que possamos ter a dimensão dos impactos das grandes obras. Ele também provocou a ASA a aproveitar ainda mais o espaço do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) para pautar as diversas questões a cerca de segurança alimentar, assim como a questão do fomento a bancos de sementes crioulas (nativas). “Aproveitar esse espaço é fundamental”, disse Silvio.

A plenária também contou com a participação do público. Entre as principais questões levantadas pela plenária estão o fortalecimento do debate ao acesso à terra e a continuidade das ações de garantia ao acesso à água, na perspectiva da universalização, mas também da produção de alimentos. 

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