Contextos e conquistas da articulação foram colocados pela mesa. | Foto: Catarina de Angola |
Sobre as conquistas da ASA, Naidison destacou em sua síntese a metodologia de trabalho da articulação. “O modelo de trabalho da ASA vem das comunidades e da necessidade delas”. Destacou também a valorização das organizações da sociedade civil e o resgate da cultura dos povos, além de pontuar a produção de conhecimento no Semiárido. Nas conquistas trouxe também a construção pela ASA de tecnologias que são capazes de mudar a realidade da região semiárida e a proposição de políticas públicas. “Até o ano de 2013 serão cerca de um milhão duzentos e cinqüenta mil pessoas abastecidas pelas cisternas”, afirmou.
Sobre o futuro da articulação, Naidison colocou a importância da ampliação do debate da ASA, e destacou que essa reflexão em rede é importante, principalmente diante do contexto de universalização do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) no ano de 2013. Ele chamou atenção para a importância da presença das organizações da ASA nas chamas de assistência técnica e extensão rural (ATER) e para a proposta de elaboração de um grande projeto de sementes crioulas (nativas) para o Semiárido. Além disso, reforçou a ação do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). “Não vamos abrir mão da ampliação do P1+2”, disse.
Silvio Porto, da Conab, reforçou as questões colocadas por Naidison e sugeriu a construção de um mapa de conflitos ambientais pela ASA no Semiárido, a partir da execução de grandes projetos, para que possamos ter a dimensão dos impactos das grandes obras. Ele também provocou a ASA a aproveitar ainda mais o espaço do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) para pautar as diversas questões a cerca de segurança alimentar, assim como a questão do fomento a bancos de sementes crioulas (nativas). “Aproveitar esse espaço é fundamental”, disse Silvio.
A plenária também contou com a participação do público. Entre as principais questões levantadas pela plenária estão o fortalecimento do debate ao acesso à terra e a continuidade das ações de garantia ao acesso à água, na perspectiva da universalização, mas também da produção de alimentos.
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