quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tecnologias sociais do Vietnã, Angola e Quênia são apresentadas no Intercâmbio Internacional


Por Nataly Queiroz

Foto: Nataly Queiroz
As experiências de Vietnã, Angola e Quênia para o desenvolvimento sustentável abriram o segundo dia do Intercâmbio Internacional sobre Agroecologia. Produção de energia limpa, formas de armazenar água e aproveitar os recursos e conhecimentos locais foram os principais temas da manhã. O representante da NCA no Quênia destacou a importância da energia e do acesso à água para o desenvolvimento sustentável.  O país aplica 80% dos recursos advindos do turismo para comprar querosene, a principal fonte de energia doméstica. “Pobreza energética é o mesmo que pobreza social”, explicou Paul, do Quênia. Lá eles integram estratégias de adaptação e mitigação como a produção de energia a partir do óleo do pinhão branco, integração dos diferentes níveis de fazendas e metodologias de armazenamento de água da chuva.

No Vietnã, a geração de energia através biodigestores é uma estratégia de controle das emissões de CO² e de economia familiar. O programa da NCA no país tem investido amplamente na área. O próximo passo é a criação de fogões solares, que utilizam o sol para produzir a típica sopa de arroz para as escolas. O trabalho com as escolas é um dos focos de intervenção.  O programa também fortalece as capacidades da sociedade civil através de campanhas de comunicação, oficinas de gerenciamento de projetos, de equidade de gênero e sobre mudanças climáticas.

Em Angola, as mudanças climáticas extremas são um desafio para os projetos sociais. Isto porque alteram as formas de uso da terra, forçam a migração dos jovens, causam disputas pela ocupação do espaço e afetam as relações de gênero. “Quando eles perdem capacidade financeira por essas mudanças climáticas, quando, por exemplo acontece uma enchente, que diminui o uso da terra, muitas vezes os agricultores optam por formas de exploração pouco sustentáveis para a terra. Temos muitas tecnologias, mas o desafio é acabar com o círculo vicioso no qual o contexto afeta as pessoas e as pessoas afetam o meio ambiente”, afirmou Sérgio Calundungo, da NCA de Angola.

Nenhum comentário: