sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Programa Uma Terra e Duas Águas de volta para as famílias


Por Laudenice Oliveira (Centro Sabiá)

O Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação no Semi-Árido (ASA) foi retomado. O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) é o responsável pelo repasse de recurso para a execução do programa nos territórios do Semiárido. O Centro Sabiá executa o projeto em  quatro municípios dos agrestes Setentrional – Frei Miguelinho e Santa Maria do Cambucá -,  e Central  - Bezerros e Riachos das Almas. Nessa etapa mais de 300 famílias agricultoras serão beneficiadas até dezembro. Serão construídas mais de 180 tecnologias de convivência como o Semiárido, como cisternas calçadão, tanques de pedras barragens subterrâneas e bomba popular.

No atual contexto de falta de chuvas na região Semiárida, o retorno do programa P1+2 abre perspectivas de melhoria nas estruturas das famílias para guardar água e ter outras tecnologias de produção de alimentos. “Serão mais de 300 famílias capacitadas para gerir a água para produzir alimentos, pois as tecnologias vão além da água de beber. É para produção, para os animais, etc”, explica o coordenador local do Centro Sabiá no Agreste, Carlos Magno.  “Eu fui beneficiado faz mais ou menos sete meses. Mesmo com essa pouca chuva  que caiu, o que caiu tá lá na cisterna. Antes a gente não tinha como guardar. Os barreiros logo secam. Eu tô muito satisfeito”, afirma José Manuel da Silva, mais conhecido como Zé Galego, agricultor que também faz parte da Comissão Municipal do P1+2, em Bezerros. Uma novidade nesse novo termo é a construção de duas casas para guardar sementes e construção de viveiros de mudas, envolvendo nessa tarefa  jovens rurais.

Convivência com o Semiárido - para o coordenador do P1+2 na ASA, Antônio Barbosa,  é possível conviver com o semiárido desde que se entenda que é necessário pensar  a estratégia que potencialize a capacidade de estocagem, seja de água, sementes, de forragem, entre outros. “Essa estratégia as famílias já sabem e praticam. O que elas não têm é recurso  para construir as infraestruras necessárias para garantir sua estocagem, essa uma das importâncias do reorno do P1+2. Uma cisterna calçadão, por exemplo, garante se guardar  52 mil litros de água para produção”,  diz Barbosa.

Ele ainda ainda aponto outro aspecto importante desse Programa: a participação política das famílias na gestão dele. Nas Comissões  Municipais eles e elas têm um papel relevante na execução do P1+2. “Eu tenho muito orgulho de participar da comissão. Um matuto, quase sem leitura e hoje colaborando com o Programa para beneficiar outras famílias”, diz orgulhoso Zé galego. “É uma ação que traz autonomia para as famílias, que gera renda, movimenta o mercado local faz com que gire a economia do município”, conclui.

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