quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Agricultores se recusam a receber cisternas do governo no RN


Fonte: g1.globo.com

Eles alegam que o material usado não resiste ao calor do sertão.
Onze municípios devem receber as cisternas de polietileno da Funasa.

Agricultores de Caraúbas, no Rio Grande do Norte, estão se recusando a receber as cisternas de plástico polietileno oferecidas pelo governo. Eles alegam que o material não resiste ao calor do sertão.

Para fazer as atividades domésticas, a agricultora Edilúcia Arcanjo precisa armazenar água em toneis e potes já que não há cisterna na área onde mora, em uma comunidade rural de Caraúbas, no oeste do Rio Grande do Norte.

Para atender às regiões que sofrem com estiagem prolongada foi instituído o programa Água para Todos, do governo federal. O objetivo é implantar 750 mil cisternas até 2014. Originalmente, as cisternas eram feitas de placa. Mas nos últimos anos começaram a ser distribuídas também cisternas de polietileno. O problema é que algumas peças instaladas em diversos estados do Nordeste apresentaram defeito.

Trezentas e cinquenta e oito famílias da região oeste do Rio Grande do Norte foram cadastradas pra receber as cisternas de polietileno, mas já sabendo dos problemas apresentados, os agricultores se recusaram a receber os reservatórios. Com isso, as cisternas que viriam para a região potiguar estão sem destino.

A agricultora Ilma Maria é representante de uma comunidade de moradores que se recusou a receber as cisternas. Segundo ela, os agricultores querem receber reservatórios feitos de placa.

O prefeito de Caraúbas Alcivan Viana enviou à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) um documento em que pede a suspensão da entrega das 278 cisternas de polietileno destinadas ao município.

“O técnico da Funasa fará a opção dependendo da questão topográfica, da dificuldade de acesso na região, da dificuldade de implantação da escalação do tipo de terreno. Na hora em que se deparar com essas situações, essa decisão será tomada no nível local, podendo ter tanto a de placa quanto a de polietileno. Nós não fazemos essa opção premeditadamente na fundação. Nós temos dois modelos de execução que nos servem desde que sejam bem executados e forneçam à população uma condição mínima de vida”, diz Ruy Barreira, diretor de engenharia da Funasa.

Onze municípios do Rio Grande do Norte devem receber as cisternas de polietileno da Funasa.

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