Por Daniel Ferreira – comunicador do Cecor
Com o intuito de conhecer a dinâmica do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) e tirar dúvidas sobre o projeto, o CECOR (Centro de Educação comunitária Rural) promoveu uma Oficina com Comissões Municipais. Cerca de 20 representantes dos municípios de Carnaubeira da Penha, Custódia, Itacuruba e Parnamirim participaram da atividade.
Para o coordenador da UGT CECOR, Valdir Vieira, os participantes compreenderam que o foco do programa não é, simplesmente, a construção e a entrega das tecnologias, mas garantir a independência alimentar das famílias e introduzir novas praticas de cultivo que não agridam o solo, como no caso do sistema agrofloresta. “Os agricultores e as agricultoras também devem estar abertos para essa nova maneira de plantar, promovendo mais qualidade de vida, autonomia e empoderamento das famílias, seja com o armazenamento da água, seja na produção agrícola”, explicou.
A agricultora Maria do Socorro Neto representa a Associação de Agricultores da Fazenda Dourado na Comissão Municipal de Parnamirim. Ela está entusiasmada com a execução do P1+2 no município. “O que mais me chamou a atenção na oficina foi saber que não é só a chegada de uma tecnologia social, mas a mudança de vida das famílias com a introdução e o incentivo da produção agroecológica. Esta, sim, é uma grande iniciativa com um resultado positivo, modificando o jeito de fazer a agricultura, sem desmatar e agredir o meio ambiente”, ressaltou dona Socorro.
O papel das comissões municipais é identificar famílias que consigam trabalhar de maneira agroecológica e sustentável utilizando as tecnologias de convivência com o Semiárido para produção de alimentos. Cada comissão, dentro do seu município, acompanha todas as etapas de execução do P1+2, junto com as famílias e os técnicos do programa, desde a seleção até o momento da entrega da tecnologia. No final da oficina, cada pessoa recebeu um certificado de participação.
PRODUÇÃO DE MUDAS – A comunidade de Dourado, onde vive dona Socorro, destaca-se também por participar do projeto Velho Chico, que trabalha com os moradores a produção de mudas através da implantação de viveiros.
De acordo com a agricultora, a comunidade já vislumbra uma parceria com o P1+2 para incrementar outros viveiros e ampliar a produção de mudas. “A gente futuramente quer aumentar essa produção e fortalecer esse trabalho com os agricultores. É um prazer grande que sinto replantar nossa mata nativa, assim estaremos resguardando também as futuras gerações”, enfatizou dona Socorro.
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