quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ASA Pernambuco promove Encontro de Formação para Multiplicadores/as em Gestão de Água nas Escolas


Por Mariana Landim e Rafaella Sabino – Comunicadoras Populares da ASA UGTS Chapada e Diaconia

Terminou na última sexta-feira (15/10), na cidade de Ouricuri, região do Araripe de Pernambuco, o Encontro de Formação para Multiplicadores/as em Gestão de Água nas Escolas. A atividade que durou dois dias, foi facilitada pelo Centro de Assessoria aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas (Caatinga), Unidade Gestora Microrregional (UGM) do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), no território do Araripe.

O encontro visava à construção de conhecimento sobre a política de convivência com o Semiárido e de propostas metodológicas para as capacitações dos professores, gestores escolares e comunidade escolar, além de possibilitar a troca de saberes sobre educação contextualizada e no campo.
Estiveram presentes coordenadores das UGMs e representantes das equipes técnicas que vão executar o Projeto Cisternas nas Escolas no estado, além de facilitadores que irão participar do processo de formação do projeto. No primeiro dia de oficina (14/10), foram formados grupos de trabalho para discutir a realidade do Semiárido: “O Semiárido que temos e o Semiárido que queremos”.

Em um segundo momento, os participantes puderam discutir os aspectos relativos à educação contextualizada. Os grupos fizeram um resgate acerca do modelo de escola existente no passado, avaliaram o contexto da escola e do ensino de hoje, e por último, definiram o modelo de escola ideal para a sociedade. A idéia é que as escolas passem por um processo de transformação que possa contemplar a diversidade étnica, cultural e religiosa existente no país, a partir da construção de um modelo de inclusão escolar. 

Ainda no primeiro dia, a técnica de projetos do Caatinga, Edinalva Nunes, fez uma apresentação sobre Educação no Campo. Na ocasião, foi discutido o perfil da educação no campo, a partir das práticas e do cenário atual. Logo em seguida os participantes debateram sobre as alternativas para construção de um modelo viável de ensino, compreendendo o contexto em que a comunidade escolar está inserida e considerando as temáticas referentes à convivência com o Semiárido.
No último dia de encontro (15/10), os participantes se dividiram em grupos de discussão para debater questões pertinentes a gestão de água nas escolas. Para Geângela Lucena, coordenadora do P1MC no Caatinga, esse é o momento chave da oficina.“Os grupos serão orientados a partir de algumas provocações, de forma que isso possa contribuir com a construção metodológica do trabalho nas escolas”, destaca.

Logo em seguida, foi feito um debate sobre as questões levantadas nos grupos. Segundo Taysa Soares, coordenadora técnica da Casa da Mulher do Nordeste, a ASA já construiu subsídio para o trabalho nas escolas, o que não significa uma metodologia pronta e acabada, mas sim um conjunto de propostas do que pode ser feito. O desafio consiste em conscientizar a comunidade escolar para as questões abordadas no encontro, para que esse trabalho tenha continuidade de forma independente.

No encerramento da oficina, ficou acordado que no próximo dia 22, será apresentada uma proposta metodológica inicial para os cursos que serão realizados. O encontro faz parte do calendário de atividades do Projeto Cisternas nas Escolas, desenvolvido pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), em parceria com a Cooperação Espanhola. O projeto será executado em todo Semiárido, e em Pernambuco, serão construídos 40 reservatórios de 52 mil litros em escolas rurais.

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