terça-feira, 29 de outubro de 2013

ASA apresenta experiência sobre uso da água da chuva no Semiárido

Por Fabiana Francelino - Comunicadora da Diocese de Pesqueira

Na última quarta-feira (23), a cidade de Belém, no estado do Pará, sediou a VI Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo do evento era apresentar e discutir propostas técnicas e metodologias para soluções de transformação social, desenvolvidas a partir da interação com as comunidades.

Dentro da programação da feira foi realizado o I Fórum Paraense de Tecnologias Sociais, um evento que teve a finalidade de  discutir indicações de tecnologias que contribuem com as transformações sociais, a partir da experiência de universidades, instituições governamentais, setor produtivo e  sociedade civil organizada.

A experiência no aproveitamento da água das chuvas  no Semiárido abriu a programação do fórum. A coordenadora executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) pelo estado de Pernambuco - rede de organizações da sociedade civil, que reúne mais de 1.000 entidades, entre elas sindicatos de trabalhadores rurais, associações e cooperativas  de agricultores familiares, igrejas, ONGs, entre outras -  Neilda Pereira, explicou a dinâmica de funcionamento da ASA, as estratégias de convivência com o Semiárido, as tecnologias utilizadas e os resultados obtidos a partir da captação e o aproveitamento das chuvas.

“Uma região em que a vegetação predominante é a caatinga, numa área de quase um milhão de  quilômetros que comporta 1.133 municípios. O que  totaliza  quase  23 milhões de pessoas, que representa 11% da população brasileira, e desse  total  38% da população vive na zona rural. Esses dados reforçam a necessidade de pensar em estratégias de convivência com a região semiárida”, complementa Neilda. 

A coordenadora apontou algumas formas de convivência: “A capacidade de estoque e consumo planejado da água -  um direito universal, para  consumo humano e produção de alimentos, animais e vegetais; as  formas de estoque  para produção de  alimento/comida; ações  estratégicas  para  utilização de  sementes nativas e adaptadas à região; como também a utilização de forragem para os animais em silos (silagem) e feno (fenação), além do uso sustentável da caatinga – único bioma exclusivamente brasileiro.

Para finalizar, Neilda apresentou os Programas  de Formação e Mobilização Social desenvolvidos pela ASA: Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Na ocasião, ela apresentou  os resultados  positivos, o manejo do agroeecossistemas, além das práticas sustentáveis utilizadas nas comunidades rurais. 

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