
Todos têm direitos fundamentais de acesso a terra, água para
beber, para higiene e produção de alimentos, princípio base do Programa Uma
Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Desde que
surgiu, em 2007, até março de 2014, o P1+2 já construiu aproximadamente
26.000 mil Cisternas Calçadão, 8.500 Cisternas Enxurrada, 1.050 Barragens
Subterrâneas, 800 Tanques de Pedra, 500 Bombas D’água Popular
(BAPs), 6.500 Barreiros Trincheira e 1.800 Barraginhas,
espalhando segurança hídrica e alimentar pelo Semiárido brasileiro.
Fortalecendo a rede ASA na implementação de tecnologias de
convivência com o Semiárido, o Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor) executa
o P1+2 desde o último mês de março em mais cinco municípios do Sertão
Pernambucano, com financiamento da Fundação Banco do Brasil (FBB). São 225
cisternas calçadão e 225 cisternas enxurrada sendo construídas nos municípios
de São José do Belmonte e Mirandiba (Sertão Central), Quixaba, Flores e Santa
Terezinha (Sertão do Pajeú).

Ele ainda destaca a importância da Fundação Banco do Brasil
apoiar o programa. “O apoio da FBB trás um peso maior para o P1+2, isso mostra
que os investimentos que antes eram destinados apenas aos grandes projetos, já
estão sendo aplicados em tecnologias sociais, fortalecendo essa estratégia”,
completa.
Além das cisternas, P1+2 ainda oferece às famílias formação
em Gestão de Água para Produção de Alimentos (GAPA), Manejo de Sistema
Simplificado de Água para Produção (SISMA), capacitação de comissões municipais
e de pedreiros, capacitação de casa de sementes e viveiro de mudas,
intercâmbios interestadual e intermunicipal para socialização de experiências,
encontros avaliativos (comunitário/municipal e territorial) e caráter produtivo.
“No caráter produtivo estamos trabalhando com três linhas de
apoio: hortas, criação de galinhas de capoeira e capriovinocultura,
possibilitando às famílias que recebem a segunda água a oportunidade para
melhorar suas rendas”, informa o educador social, Valdir Vieira.
Tecnologias
A Cisterna Calçadão capta a água de chuva por meio de um
calçadão de cimento de 200 m², construído sobre o solo. Com essa área do
calçadão, 300 mm de chuva são suficientes para encher a cisterna, que tem
capacidade para 52 mil litros.
A Cisterna Enxurrada tem capacidade para acumular 52 mil
litros e é construída dentro da terra, ficando somente a cobertura de forma
cônica acima da superfície. O terreno é utilizado como área de captação. Quando
chove, a água escorre pela terra e antes de cair para a cisterna passa por
decantadores que filtram a areia e outros detritos que possam seguir junto com
a água, impedindo o acúmulo no fundo do reservatório. (www.asabrasil.org.br)
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