terça-feira, 10 de junho de 2014

Cecor constrói 450 cisternas em parceria com Fundação Banco do Brasil


Por Juliana Lima - Núcleo de Comunicação do Cecor


Todos têm direitos fundamentais de acesso a terra, água para beber, para higiene e produção de alimentos, princípio base do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Desde que surgiu, em 2007, até março de 2014, o P1+2 já construiu aproximadamente 26.000 mil Cisternas Calçadão, 8.500 Cisternas Enxurrada, 1.050 Barragens Subterrâneas, 800 Tanques de Pedra, 500 Bombas D’água Popular (BAPs), 6.500 Barreiros Trincheira e 1.800 Barraginhas, espalhando segurança hídrica e alimentar pelo Semiárido brasileiro.

Fortalecendo a rede ASA na implementação de tecnologias de convivência com o Semiárido, o Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor) executa o P1+2 desde o último mês de março em mais cinco municípios do Sertão Pernambucano, com financiamento da Fundação Banco do Brasil (FBB). São 225 cisternas calçadão e 225 cisternas enxurrada sendo construídas nos municípios de São José do Belmonte e Mirandiba (Sertão Central), Quixaba, Flores e Santa Terezinha (Sertão do Pajeú).

“A melhor estratégia para às famílias que vivem no Semiárido enfrentarem os períodos de estiagem é armazenar água, assim conseguem produzir alimentos e ainda gerar renda. Um processo que envolve diversos atores e vem dando respostas às necessidades da região através de programas como o P1+2, que além de estrutura hídrica descontrói a ideia de que a falta de chuvas é o grande problema do Semiárido brasileiro”, explica o Coordenador do Cecor, Expedito Brito.

Ele ainda destaca a importância da Fundação Banco do Brasil apoiar o programa. “O apoio da FBB trás um peso maior para o P1+2, isso mostra que os investimentos que antes eram destinados apenas aos grandes projetos, já estão sendo aplicados em tecnologias sociais, fortalecendo essa estratégia”, completa.
Além das cisternas, P1+2 ainda oferece às famílias formação em Gestão de Água para Produção de Alimentos (GAPA), Manejo de Sistema Simplificado de Água para Produção (SISMA), capacitação de comissões municipais e de pedreiros, capacitação de casa de sementes e viveiro de mudas, intercâmbios interestadual e intermunicipal para socialização de experiências, encontros avaliativos (comunitário/municipal e territorial) e caráter produtivo.

“No caráter produtivo estamos trabalhando com três linhas de apoio: hortas, criação de galinhas de capoeira e capriovinocultura, possibilitando às famílias que recebem a segunda água a oportunidade para melhorar suas rendas”, informa o educador social, Valdir Vieira.

Tecnologias

A Cisterna Calçadão capta a água de chuva por meio de um calçadão de cimento de 200 m², construído sobre o solo. Com essa área do calçadão, 300 mm de chuva são suficientes para encher a cisterna, que tem capacidade para 52 mil litros.  

A Cisterna Enxurrada tem capacidade para acumular 52 mil litros e é construída dentro da terra, ficando somente a cobertura de forma cônica acima da superfície. O terreno é utilizado como área de captação. Quando chove, a água escorre pela terra e antes de cair para a cisterna passa por decantadores que filtram a areia e outros detritos que possam seguir junto com a água, impedindo o acúmulo no fundo do reservatório. (www.asabrasil.org.br)

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