quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Conferência Regional fortalece discussão de políticas de convivência com o Agreste Setentrional

Por Gabriel Ramos - Comunicador da Agroflor


Seguindo a posposta de elaborar um Plano Estadual de Convivência com o Semiárido, ocorreu na última quinta-feira (6), no município de Surubim (Agreste Setentrional), a quinta e última Conferência Regional de Convivência com o Semiárido que reuniu 126 representantes da sociedade civil e do setor público. O encontro foi promovido pelo Governo de Pernambuco, sob a coordenação da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA),e realizado em parceria com a Fundação Avina, a Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA-PE), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape) e o Conselho Estadual de Desenvolvimento Sustentável (CDS-PE). 

Segundo o representante da ASA-PE e integrante da Associação de Agricultores e Agricultoras Agroecológicos de Bom Jardim (Agroflor), Gilvan dos Anjos, eventos dessa natureza não é o primeiro, nem será o último, mas com certeza é um dos mais importantes. “Antes não tínhamos um governo que chamasse a sociedade para um debate, mas hoje isso tem mudado”, comentou Gilvan aproveitando o momento para parafrasear o governador Eduardo Campos, ao falar que “a máquina tem que girar para os mais necessitados”. 

Gilvan dos Anjos
Sobre as dificuldades encontradas no Semiárido, Gilvan lembra que a calamidade era vista mais no Sertão Central, porém hoje é reconhecido que todo o Nordeste sofre. “Com os trabalhos da ASA estamos provando cada vez mais que pode existir vidas no Semiárido e além disse ainda podemos produzir. Por esse motivo, temos que construir um plano o qual represente a cara de todos os agricultores do Semiárido”, afirma.

Nessa perspectiva, o representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Charles Afonso, defendeu a construção de políticas que envolvam de forma mais forte a assistência técnica, pois sem elas fica difícil produzir. “Essa iniciativa faz parte de um processo de luta por ações concretas”, comenta o coordenador estadual do MST.

Ainda na cerimônia de abertura, o Secretário executivo de Agricultura Familiar, José Claudio, enfatizou que as políticas de convivência com o Semiárido deve se encaixar num processo de gestão compartilha e também destacou a importância da agricultura familiar para o desenvolvimento do Estado. “É importante valorizamos a agricultura familiar, pois é ela quem embala os rumos da nossa sociedade por ser um setor estratégico”, ressalta o Secretário.

Para ajudar na definição das diretrizes e ações para compor o Plano Estadual de Convivência com Semiárido na perspectiva da Lei 14.922/2013, foram realizados no período da manhã cinco trabalhos em grupos com os respectivos temas: Acesso à Água; Monitoramento Climático/Mudanças Climáticas; Educação Contextualizada; Estrutura Fundiária; e Assistência Técnica e Extensão Rural.   

Seguindo o cronograma, durante a tarde houve o debate sobre os Planos Municipais de Convivência com o Semiárido e sobre as orientações do processo de construção do mesmo.  Além disso, também foi realizada a apresentação das propostas de cada grupo de trabalho e em seguida a discussão sobre a Conferência Estadual e a eleição dos delegados que representará o Agreste Setentrional no Recife, capital pernambucana. 

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