quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Políticas públicas são debatidas para o Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores

Por Kátia Gonçalves* e Lidiane Santos**

No último dia do Encontro Estadual de Agricultoras e Agricultores Experimentadores (15/10) da ASA/PE, os participantes tiveram oportunidade de discutir acerca das políticas públicas de convivência com o Semiárido pernambucano. A ideia foi levantar propostas para apresentar durante o Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores, que será realizado entre os dias 28 e 31 deste mês, em Campina Grande (PB).

Agricultoras e agricultores experimentadores, comunicadores/as populares e representantes das organizações que compõem a ASA-PE, formaram três grupos de trabalho. Na ocasião, eles/as puderam fazer uma reflexão sobre os aprendizados acumulados no encontro e as experiências individuais, como forma de discutir estratégias para o fortalecimento do Semiárido.

O primeiro grupo propôs garantia de sementes de qualidade, quantidade e variedade suficientes, como também seus insumos e utensílios de armazenamentos para a agricultura familiar (hortaliças, cereais e mudas). A outra proposta foi garantir assistência técnica voltada para agricultura familiar; elaborar um programa de aquisição de animais de pequeno porte e disseminação e implantação do biodigestor nas propriedades rurais.

O segundo grupo sugeriu que houvesse conscientização dos/as agricultores/as em ralação a semente crioula (animal e vegetal); campo de produção de sementes; identificação da ação fiscal na venda de  produtos para os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além disso, foi solicitado que cada município adote um banco de sementes assegurados pela criação de um selo de garantia a semente crioula, bem como,  condições  para o agricultor armazenar grãos, forragens e água.

Já o terceiro grupo destacou a importância de se ter o financiamento dos governos federal, estadual e municipal para o financiamento de sementes crioulas, vegetal e animal, assim como, infraestruturas de armazenamento de multiplicação, garantindo a soberania e a segurança alimentar nutricional das famílias agricultoras. A formação de estoque estratégicos e a criação de um lei federal de sementes crioulas pautada nas experiências de Alagoas e Paraíba também esteve na pauta de reivindicação. A última proposta do grupo foi a criação de políticas públicas que garantam energia renovável, a exemplo dos biodigestores que vêm transformando a realidade das comunidades rurais no Semiárido pernambucano.

*Comunicadora do Cecor
**Comunicadora da Cáritas Regional NE 2

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